6 anos depois, o reencontro continuou amargo para o Peixe
- Júlia Knuivers
- 28 de jul. de 2017
- 3 min de leitura

Na última quarta-feira (26), Flamengo e Santos jogaram pelas quartas de final da Copa do Brasil. O jogo de ida foi na Ilha do Urubu, dia 28 de junho. O Mais Querido venceu a partida por 2 a 0, levando uma boa vantagem para o jogo de volta na Vila Belmiro.
O Rubro-Negro e o Peixe já protagonizaram grandes jogos, mas com certeza o jogaço disputado na Vila Belmiro, em 27 de julho de 2011, entrou para história do futebol brasileiro, quiça, mundial.
Muito difícil achar um adjetivo para qualificar aquela partida, válida pela 12ª rodada do Brasileirão. Era o encontro de Ronaldinho Gaúcho - voltando a jogar no Brasil depois -, e o menino Neymar, ainda uma revelação santista. Ronaldinho mostrou a que veio, fazendo uma partida genial, que não víamos a tempos. Marcando 3 jogos naquele jogo e somando oito no total, se tornando o artilheiro da competição, até então.
Neymar brilhou, fez dribles desconcertantes e dois gols, o primeiro antológico. O Santos começou como protagonista da partida, terminando o primeiro tempo com uma vantagem de 3 a 0. Na volta, Ronaldinho e Thiago Neves pressionaram e logo marcaram dois gols.
Com o placar em 3 a 2, Neymar, endiabrado, invadiu a área pela esquerda e caiu. O árbitro marcou pênalti de Willians. Marcação duvidosa, eu diria. Borges pegou a bola para bater, mas Elano assumiu a responsabilidade - queria se redimir do vexame da Copa América, quando cobrou um pênalti onde a bola foi parar na China, muito longe do gol. Elano deu cavadinha, bateu muito mal e deu a bola nas mãos do goleiro Felipe, que ainda teve a ousadia de fazer embaixadinhas antes de repor a bola em jogo. A Vila inteira ecoava vaias para o jogador santista, que respondeu com sinais feios para a torcida alvinegra. E para piorar, Deivid marcou de cabeça, empatando o jogo.
Neymar fazia a diferença naquele Santos encurralado e com um sistema defensivo muito falho. O craque logo arrancou pela esquerda e virou o jogo, matando Felipe no gol. Só que Ronaldinho estava inspirado a mostrar seu talento e experiência, pensando à frente, improvisando, surpreendendo. Falta na entrada da área, pelo lado direito. Quando todos esperavam a batida por cima da barreira, o camisa 10 tocou rasteiro, enganando o goleiro. 4 a 4!
Os 13 mil privilegiados torcedores que lá estavam, não acreditavam no que estavam vendo. Era um jogaço, quase uma final. A sensação era que se você piscasse longo, iria perder um drible desconcertante de Neymar ou um toque refinado de Ronaldinho Gaúcho. Willians não deixava o menino Neymar em paz, marcando ele a todo momento. Para virar a partida, o Flamengo não podia deixar a bola chegar nos pés do astro santista. Foi aí que, num erro de Ganso, um contra-ataque mortal foi iniciado numa roubada de bola no meio campo, com Ronaldinho arrancando pela esquerda, invadinho a área e definindo o placar na noite. 5 a 4 para o Flamengo.
E 6 anos depois, os dois times se reencontraram. Não pelo Brasileirão, mas sim pela Copa do Brasil. Ah, e de fato num jogo mata-mata. Mesmo perdendo por 3 a 2, o Flamengo tinha a vantagem do jogo de ida e se classificou para a semifinal do campeonato.
Mas não para por aí. Quarta-feira que vem, 2 de agosto, Flamengo e Santos se reencontram pelo Campeonato Brasileiro, agora disputando, talvez, uma vaga pela vice-liderança do Brasileirão, num jogão válido pela 18ª rodada, agora no Pacaembu. Quem será que vai levar a vitória? Te conto semana que vem!
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