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A cultura de Itajaí cultivada em seus museus

  • Maiume Ignacio e Eugenio dos Santos
  • 6 de dez. de 2017
  • 4 min de leitura

Foto: Arquivo Pessoal

O Coração da História de Itajaí, mas precisamente na Rua Hercílio Luz e conhecido como Museu Histórico de Itajaí (MHI), ganhou uma grande fama depois de sua reforma. Graças ao aumento de melhorias e de grande parte das obras serem de acervos locais. “O museu trabalha com acervos da cidade de Itajaí, mas nada impede que tenha peças de outras localidades”. Assim conta Marco Antônio, coordenador de toda parte de acervos do MHI. O museu, restaurado em 21 de dezembro de 2016, foi todo pensado com acervos locais, desde a carpintaria Naval até peças do Século XX.

Foto: Arquivo Pessoal

Marco ainda completa “Temos peças que não são da cidade de Itajaí, como a parte da segunda Guerra Mundial, são peças que nem são nossas e sim emprestadas, mas tivemos que colocar para completar a temática”. Hoje, o museu conta com mais de 16 mil peças em todo o Museu, como quadros de antigos nomes de Itajaí, obras de Didi Brandão, histórias de Marcos Konder, além de uma grande maquete da antiga cidade de Itajaí.

“Comparando com 2013/2014 o museu teve um grande aumento de público, não temos uma base, por essa restauração ser muito nova, mas visualmente, vimos que temos um número maior de visitantes”. Fala a senhora Dulceclea Marcolino da Silva, mas conhecida como dona Dulce. Autora do livro “Memórias do sertão” e guia do Museu de Itajaí.

Foto: Arquivo Pessoal

A temática do Museu se destaca muito pela diversidade e pelo grande uso de tecnologia. Já no inicio da visitação, você tem que escrever seu nome em um caderno, para o museu ter um controle de quem entra e quem sai. Logo depois é levado para uma sala, onde você se sente como se estivesse na pré-história da cidade peixeira, com bancos de madeira estrategicamente colocados para fazer o visitante se sentir em um barco. Você senta e começa um vídeo, onde são usados três retroprojetores: na parede da frente aparecem imagens do mar, e nos outros dois, é mostrada a beira do rio, com a história desde os índios pescando até os portugueses chegando a Itajaí. Depois disso, você segue a visita, e em cada local um guia diferente, tira as dúvidas de quem precisar.

No local, ainda encontramos dona Rita de Borba, com seu filho Enzo, “É a primeira vez que venho e estou gostando muito, os quadros que falam com você, a maquete, a visita que parece que você está num navio, acho que está muito bonito e com muita história”. Rita é moradora de Itajaí, e fala que é muito importante essa tecnologia, para interagir também com os jovens “Enzo ainda é novo, tem apenas cinco anos, mas está gostando bastante, e com essa tecnologia, acredito que atrai muitos jovens e crianças".

Foto: Arquivo Pessoal

Entre as inúmeras peças do museu, responsáveis por contar a história de Itajaí e de seus primeiros moradores, é possível encontrar a coleção do poeta Marcos Konder Reis, (considerada uma importante referência para a literatura), além de objetos, doados pela prefeitura. Comunicar, contar histórias e desenvolver relações de identidade, estes são os principais objetivos deste acervo tão rico.

Com uma coleção de arte bem variada, capaz de trazer desde o academicismo até a arte contemporânea, o destaque vai para nomes como Dide Brandão da Escola Nacional de Belas Artes e outros representantes da historiografia da arte local como Smykalla, Hugo Calgan e Lucy Ferreira.

Mantido pela Fundação Municipal Genésio Miranda Lins, o museu, também capta recursos através de parcerias, como a feita com a Associação de Amigos do Museu. Dessa forma são desenvolvidos projetos de exposições e eventos em geral. Segundo a Diretora do Museu Evelise Moraes Ribas “Apesar de haver muitas demandas ainda a serem resolvidas, é importante ressaltar que a realidade de Itajaí, se comparada aos demais museus do estado, é muito diferenciada, visto os investimentos e a estrutura técnica dos museus da cidade.”

Foto: Arquivo Pessoal

Com um cenário artístico bem consolidado, a cidade conta com políticas públicas que facilitam a busca por todos os seguimentos. Foram criadas câmaras setoriais de teatro, artes visuais, literatura e produção audiovisual, para acompanhar os editais que criam demandas, discutem, e agregam as produções de cada área.

Com tantos incentivos parece difícil resistir a busca pela cultura, no entanto, a Diretora do MHI avalia que para essa busca ser contínua “o público precisa ser permanentemente incentivado, seja pelo poder publico ou pelos produtores culturais”. Somente assim, se pode desenvolver o interesse e a sensibilidade pelas culturas locais.

Casa da Cultura Didi Brandão

Foto: Arquivo Pessoal

Logo ao lado do Museu fica uma das casas mais famosas da cidade. Inaugurada em 1982, a casa que leva o nome de um grande artista local, Dide Brandão, utiliza duas galerias para postagem de obras. “As obras postadas funcionam através de edital, em novembro abre um novo edital, que serão escolhidos 20 obras para ser exposto ano que vem entre artistas de Itajaí e de todo o Brasil”. Assim explica Ilda Deola, diretora da Casa da Cultura.

Foto: Arquivo Pessoal

As obras selecionadas ficam na galeria da Casa da Cultura, por 30 dias, sendo cinco dias para o processo de montagem e desmontagem, e 25 dias para exposição. A Casa da cultura sede segurança no local 24 horas por dia, além de monitores para os turistas. A ideia para o ano que vem é utilizar a galeria municipal da Rua Lauro Muller, para exposição apenas de Obras da cidade.

Assim como o museu também foi restaurada e teve sua reinauguração no dia 4 de dezembro. Seu Manoel Campos, segurança da casa da Cultura conta que o movimento é muito bom, com muitos alunos nas aulas de teatro, música, dança e muitos turistas. Abre espaço também para escolas e universidades quando há obras expostas nas galerias.


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